António Preto e João Sousa Cardoso, na Casa Conveniente (Lisboa) nos próximos dias 4, 5 e
6 de Dezembro
Esta “récita-atentado” é uma proposta performativa que cruza a evocação da instauração da República no nosso país com uma reflexão sobre o Portugal contemporâneo. Os três autores (e performers) escolheram trabalhar a obra “Porque Morreu Eanes” do escritor Álvaro Lapa (1978), um texto construído a partir da técnica do “cut up”, popularizada por Brion Gysin e William S. Burroughs.
O espectáculo, produzido em dois períodos de residência artística (nos Laboratoires d’Aubervilliers, em Paris, e no Estúdio Zero, no Porto), investiga a exploração das formas visíveis na obscuridade (necessária à conspiração política) e a experimentação sonora da palavra, através da voz e do recurso a meios rudimentares operados em cena.
A Carbonária propõe, no cruzamento de diversas formas disciplinares (teatro, canto, artes visuais e literatura), a revisitação do texto de Álvaro Lapa, numa adaptação assumidamente livre. E com isso, pensar o país. Hoje.
Fotografia: PAT
Título: A Carbonária – Uma récita-atentado
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