"Há alusões à música clássica contemporânea, ao jazz, ou mais remotamente, a formatos pop mais livres, mas o que sobressai no conjunto, independentemente das escolas onde se inspira é o apuro formal na construção dos ambientes nocturnos e o libertar de melodias emocionantes tocadas com enorme simplicidade. É música de respiração interior, mas que não se f echa na sua redoma, procurando o espaço de partilha."
Vítor Belanciano, Público, Novembro 2009
Crepúsculo e Insónia, o primeiro e o último álbum de Tiago Sousa, não terão estes nomes fruto do acaso. Denotam uma particular atracção pela indefinição, pela ambiguidade, como se as regras vigentes pudessem ser alteradas a qualquer momento, criando uma ilusão momentânea de que habitamos algo de novo e único. São espaços temporários, estados fronteira ou zonas limites , pequenos territórios francos onde leis ganham novas interpretações. Insónia, composto em 2009 com João Correia, foi exemplar nesse aspecto: pequenos e longos exercícios socalcados entre a folk contemporânea e uma atracção platónica pela composição erudita, com uma janela amplamente aberta para intromissões de outros géneros e inspirações. O espírito contestatário de Henry David Thoreau é uma das recentes inspirações e influências de Tiago Sousa: The Walden Pond’s Monk, a primeira peça a apresentar esta noite, num novo e ambicioso arranjo para piano, percussão, clarinete, violoncelo e teclados, procura circular livremente em torno da vida e obra do escritor americano. Samsara, a segunda peça, em estreia absoluta, ilumina-se pelo conceito hindu do ciclo da vida e da morte. As duas peças expõem o jovem compositor, músico autodidacta e ex-editor da Merzbau co mo um eloquente maestro impressionista de histórias, sugestões e ambientes.
"Insónia é um disco que, com as características de um auto-retrato, nos dá conta de como essas memórias antigas retomaram protagonismo na procura de uma identidade que assim se nos revela ainda em construção, sem polimento, crua e honesta. Acompanhado por João Correia (percussão) e Ricardo Ribeiro (clarinete), Tiago vive acima das fronteiras dos géneros, traçando um mundo seu onde as heranças “clássicas” partilham espaço com ideias que escutou noutras vivências mais próximas do underground nas periferias da cultura pop/rock."
Nuno Galopim, Diário de Notícias, Dezembro 2009
"Cada nota do piano carrega uma imensa carga emotiva, que Tiago Sousa sabe manobrar inteligentemente. Trabalhando movimentos hipnóticos, obsessivos, o compositor/pianista conduz um épico documento de emoções."
Nuno Catarino, Bodyspace, Janeiro 2010
"Conseguimos sentir a influência de Satie, ou até dos Nocturnos de Chopin a sobressair aqui e a interpretação contrabalançada e expressiva de Sousa é mágica. Insónia parece mais moderno e, de alguma forma, mais maduro que a maioria dos discos de estilo clássico que chegaram até nós durante este ano."
Boomkat, Dezembro 2009
piano, harmónio e teclados Tiago Sousa
bateria João Correia
clarinete baixo e clarinete soprano Ricardo Ribeiro
violoncelo Joana Guerra
efeitos, percussão e teclados Rui Pedro Dâmaso
Vítor Belanciano, Público, Novembro 2009
Crepúsculo e Insónia, o primeiro e o último álbum de Tiago Sousa, não terão estes nomes fruto do acaso. Denotam uma particular atracção pela indefinição, pela ambiguidade, como se as regras vigentes pudessem ser alteradas a qualquer momento, criando uma ilusão momentânea de que habitamos algo de novo e único. São espaços temporários, estados fronteira ou zonas limites , pequenos territórios francos onde leis ganham novas interpretações. Insónia, composto em 2009 com João Correia, foi exemplar nesse aspecto: pequenos e longos exercícios socalcados entre a folk contemporânea e uma atracção platónica pela composição erudita, com uma janela amplamente aberta para intromissões de outros géneros e inspirações. O espírito contestatário de Henry David Thoreau é uma das recentes inspirações e influências de Tiago Sousa: The Walden Pond’s Monk, a primeira peça a apresentar esta noite, num novo e ambicioso arranjo para piano, percussão, clarinete, violoncelo e teclados, procura circular livremente em torno da vida e obra do escritor americano. Samsara, a segunda peça, em estreia absoluta, ilumina-se pelo conceito hindu do ciclo da vida e da morte. As duas peças expõem o jovem compositor, músico autodidacta e ex-editor da Merzbau co mo um eloquente maestro impressionista de histórias, sugestões e ambientes.
"Insónia é um disco que, com as características de um auto-retrato, nos dá conta de como essas memórias antigas retomaram protagonismo na procura de uma identidade que assim se nos revela ainda em construção, sem polimento, crua e honesta. Acompanhado por João Correia (percussão) e Ricardo Ribeiro (clarinete), Tiago vive acima das fronteiras dos géneros, traçando um mundo seu onde as heranças “clássicas” partilham espaço com ideias que escutou noutras vivências mais próximas do underground nas periferias da cultura pop/rock."
Nuno Galopim, Diário de Notícias, Dezembro 2009
"Cada nota do piano carrega uma imensa carga emotiva, que Tiago Sousa sabe manobrar inteligentemente. Trabalhando movimentos hipnóticos, obsessivos, o compositor/pianista conduz um épico documento de emoções."
Nuno Catarino, Bodyspace, Janeiro 2010
"Conseguimos sentir a influência de Satie, ou até dos Nocturnos de Chopin a sobressair aqui e a interpretação contrabalançada e expressiva de Sousa é mágica. Insónia parece mais moderno e, de alguma forma, mais maduro que a maioria dos discos de estilo clássico que chegaram até nós durante este ano."
Boomkat, Dezembro 2009
piano, harmónio e teclados Tiago Sousa
bateria João Correia
clarinete baixo e clarinete soprano Ricardo Ribeiro
violoncelo Joana Guerra
efeitos, percussão e teclados Rui Pedro Dâmaso
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