O próximo concerto organizado pela OUT.RA é já neste sábado, dia 22 Maio, pelas 22h na simpática colectividade "Os Leças", ali no coração do Alto do Seixalinho - primeira vez também que saímos do centro do Barreiro, para rockar.
É com um prazer imenso que apresentamos a estreia no Barreiro dos cada vez mais míticos e estimados BLACK BOMBAIM, banda de Barcelos que tem vindo a colocar o rock psicadélico e freak-out de novo no mapa. A abrir, os ilustres representantes barreirenses na contenda sónica, FAST EDDIE & THE RIVERSIDE MONKEYS.
Os bilhetes valem 4€ (metade desse valor para os sócios da OUT.RA), e os concertos começam às 22h.
BLACK BOMBAIM
É extremamente raro encontrar sentido num hype, quer seja baseado numa cena local, quer num género musical, mas o caso dos Black Bombaim, quer na sua associação à vaga de bandas rock recentemente surgidas na insuspeita cidade de Barcelos, quer no movimento stoner-doom-desert rock (enfim, de gente que ouviu em exclusividade Kyuss e/ ou Fu Manchu durante demasiado tempo) que se vem espalhando pelo país, é bastante específico. É-o porque eles são, em primeiro lugar, os melhores e mais interessantes representantes de ambos os “movimentos”. Porque seriam uma grande banda mesmo que fossem a única banda de Barcelos, e porque são uma das poucas (talvez a única, a par dos viseenses The Guv) bandas da cena stoner em Portugal que vai beber a inspiração à fonte certa: à origem - ao peso dos Sabbath e à liberdade cósmica dos Floyd. Um concerto dos Black Bombaim, hoje, é a grande experiência psicadélica: um groove pesado, sólido, imponente, e uma guitarra que não pára de apontar ao infinito. O primeiro disco, “Saturdays & Space Travels”, saído há poucos meses pela editora portuense Lovers & Lollypops, é um petardo de electricidade cósmica gloriosamente pentatónico, que vem confirmar e reforçar tudo o que deles se esperava. Vai ser incrível a estreia destes rapazes no Barreiro.
FAST EDDIE & THE RIVERSIDE MONKEYS
Fast Eddie, mestre barreirense das seis cordas e verdadeiro bluesman desta terra de sonho e futuro, forma com os Riverside Monkeys um power-trio benzido a blues, rock n'roll, garage, algum stoner-rock, sempre sujo, épico, como uns AC/DC rednecks assombrados não pelo deserto nem pela província mas sim pelas chuvas de amoníaco e o sol dos subúrbios. “Baptize me in wine”, o primeiro disco (e o single homónimo) é um tratado de rock cavernoso, mas com boogie e groove, e de guitarras tão 70's que nem dá para contar, Vai ser uma master-class para os não iniciados.
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