sábado, 10 de novembro de 2007

17 NOV. VOLTAS E CONTRAVOLTAS COM A RODA DE CHORO DE LISBOA . CABARET MAXIME!


Ei-los que regressam! No dia 17 de Novembro, os músicos da Roda de Choro de Lisboa voltam a formar o semi-círculo para fazer girar os pares na pista do Maxime, por entre rodadas de bebidas frescas!

Esta assembleia musical convoca os pares mais atrevidos para umas voltas e contravoltas de dança, fazendo uma circunferência completa pelo seu reportório de choros com sabor de riso redondo, apertando o cerco em volta do círculo de bailes estonteantes do circuito musical do Rio dos nossos avós.

É pois à volta dessa doce nostalgia de um Brasil desaparecido que a Roda ressuscita toda a arte dos mestres – nunca é demais recordá-los – Waldyr Azevedo, Pixinguinha, Jacob do Bandolim e seus pares, trazendo à cena todo o ritmo e todo o frenesi que agora animam as melhores festas da Lisboa desta Roda de Choro.

E como esta festa é no Maxime – também ele um retrato nostálgico de uma certa Lisboa desaparecida – juntemo-nos à Roda, que junta Rio e Lisboa, tocando o choro de uma forma gostosa e galharda num local providencialmente chamado Praça da Alegria!

roda de choro de lisboa . sábado 17 novembro 07
abertura de portas às 22h . bilhetes 8 € com oferta da 2ª bebida
cabaret maxime - pç. alegria, 58 em lisboa . tel. 213467090
mais informaçoes 962804368




Músicos da Roda de Choro de Lisboa:
Luís Bastos - clarinete
Carlos "Bisnaga" Lopes - acordeão
Pedro Moura - cavaco centro
Nuno Gamboa - violão 7 cordas
Alexandre "barriga" Santos - percussão
...mais convidado especial!

Algumas informações sobre a Roda de Choro de Lisboa:

A Roda de Choro de Lisboa vem desenvolvendo um trabalho na área da música brasileira do final do séc. XIX e XX. O choro (ou chorinho) foi criado a partir da mistura de elementos das danças de salão europeias (como o schottisch, a valsa, o minueto e, especialmente, a polca), da música popular portuguesa e da música africana. A origem do termo choro decorreu da forma sentimental de abrasileirar as danças europeias. De início, era apenas uma maneira mais emotiva, chorosa, de interpretar uma melodia, cujos praticantes eram chamados de chorões. Como género, o choro só tomou forma na primeira década do século XX, mas a sua história começa em meados do século XIX. Na época em que as danças de salão passaram a ser importadas da Europa. A abolição do tráfico de escravos, em 1850, provocou o surgimento de uma classe média urbana (composta por pequenos comerciantes e funcionários públicos, geralmente de origem negra), segmento de público que mais se interessou por esse género de música.

São trabalhados neste projecto, maxixes, polcas, mazurkas, baiões, sambas-choro e valsas que criam um ambiente sensivel à dança e ao requinte musical. O repertório é constitudo pelos grandes compositores do género: Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, Garoto, Waldyr Azevedo, Fon Fon, Chico Buarque, Noel Rosa, Juventino Maciel, Hermeto Pascoal, João Bosco... etc.

Nas suas apresentações a "Roda" usa um guarda-roupa que procura recriar o espirito das rodas de choro cariocas do princípio do século XX: o tradicional chapéu panamá, calça de linho branco, sapato preto e camisa preta. Existe também a preocupação de falar um pouco da história do género musical e suas curiosidades durante as apresentações.

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