segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A TRILOGIA DOS DRAGÕES de Robert Lepage|Ex Machine > 12 a 17 Outubro | Palco do Grande Auditório do CCB


LA TRILOGIE DES DRAGONS

(A TRILOGIA DOS DRAGÕES)

ROBERT LEPAGE | EX MACHINE

DIAS 12, 13, 14, 16 E 17 DE OUTUBRO

DIAS 12, 16 E 17: 18H30 | DIAS 13 E 14 ÀS 16H

PALCO DO GRANDE AUDITÓRIO DO CCB


Legendado em português

Duração aproximada: 6 horas com 3 intervalos

Co-apresentação: CCB | Robert Lepage | ExMachina

A Trilogia dos Dragões fala de uma China imaginária, que se desenhava na cabeça de duas meninas dos anos trinta educadas no ambiente misterioso do bairro chinês do Quebeque, hoje desaparecido. Uma das raparigas, a única personagem que terá contacto com todas as partes da peça, iniciava o espectáculo com algumas palavras que anunciavam, em simultâneo os limites e o interesse do projecto: “Nunca fui à China…”

No início, não havia nada, ou quase nada. Seis actores, o encenador que os escolheu, com dois cenógrafos e um produtor, e que procuram a rota do Oriente. Um terreno vazio que se tornou num parque de estacionamento, onde a imaginação e a memória se deveriam aprofundar.

No início, havia três bairros chineses: o de Quebeque, nos anos trinta, que iria servir de pano de fundo ao dragão verde, primaveril, aquático; o de Toronto, próspero nos anos cinquenta, decoração do dragão vermelho, de terra e de fogo; o de Vancôver, dos anos oitenta, florescente, onde se estende o dragão branco, outonal e aéreo. Existia a China imaginária, do mito e do comércio, Tintim e o lótus azul, Tao, Yi King, mah jong, tai chi, lavandarias e comida chinesa, yin, yang, riquexó, chin chin e made em Hong Kong. Havia a história da tia Marie-Paule casada com um chinês, a mãe nos CWAC (Canadian Women’s Army Corps), o guarda do parque de estacionamento e a sua cabana, e uma bola de vidro que tocava uma música japonesa.

No início, havia Françoise e Jeanne. Têm doze anos, e são inseparáveis. Brincam na loja com caixas de sapatos, recriando a Rua St-Joseph e as suas lojas. Havia Lépine o gato-pingado… Havia a barbearia do pai de Jeanne, onde ela cruza olhares com Bédard, cujos cabelos ruivos a fascinam… Havia a lavandaria do velho Wong, onde chegou, numa noite fresca, William S. Crawford, vindo de Inglaterra na esperança de instalar o seu negócio no Quebeque…

Talvez se descubra nesta peça uma nova resposta para a pergunta feita tantas vezes, entre o fumo do ópio, o tai chi e os cânticos maoístas:

Então, com que é que sonha o chinês da lavandaria do bairro chinês de Saint-Roche?

A Trilogia dos Dragões, Grande Prémio do Festival de Teatro das Américas em 1987, já foi apresentada em mais de quarenta cidades da América do Norte, Europa e Oceânia, de 1985 a 1992.

Sem comentários: